O regresso às bancadas já estava há muito agendado para o próximo fim-de-semana, coincidentemente com o possível jogo do título, porque é a data em que já nos é possível voltar à bola mas o meu regresso foi hoje. O meu R. está a trabalhar e como não iria ficar sozinho, combinei com as companhias de sempre e lá fomos rumo a Aveiro, em busca de mais três pontos. Estar dezasseis meses afastada de algo que faz parte da nossa rotina há mais de 10 anos e que faz parte de nós não é pêra doce, como se costuma dizer. Posso dizer que o dia foi acompanhado de um misto de sentimentos. Por um lado a alegria e excitação de estar de volta e de voltar a fazer algo que realmente gosto. Por outro, a sensação de que não o deixei de fazer porque está demasiado intrínseco na minha pessoa, porque faz e sempre fará parte de mim. Há coisas que nunca mudam. As pessoas, as amizades, as maluquices, a mística, os cromos, os espalhafatosos, os de sempre, os da festa, os que vão por amor verdadeiro e os que vão só para se gabarem de ter ido, os que sofrem, os que vibram e os que estão tão bêbados que andam anestesiados.
Durante os 90 minutos muitas foram as vezes em que me arrepiei com os cânticos, outras tantas as que senti lágrimas nos olhos. É um sentimento sem igual, que não dá para explicar e só quem sente percebe. Foi um bom regresso, somámos mais três pontos e falta apenas uma vitória para sermos campeões. Já é difícil não entrar em euforias mas ainda assim com muita cautela.
Enfim, estou feliz, muito feliz, voltei a ser EU.
Ser do Benfica não se explica, sente-se. V,*
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